RIO - Aluna do mestrado em serviço social da Uerj, Andreia Mendes convive bem de perto com o problema dos sem-teto. Há cinco anos ela mora na Ocupação Chiquinha Gonzaga, na Rua Barão de São Félix, no Centro, com aproximadamente 60 famílias que estão distribuídas pelos 13 andares do edifício. A construção, erguida inicialmente para ser um hotel, foi assumida pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e, depois de 20 anos abandonada, foi invadida pelos sem-teto.
As famílias de sem-teto que participam de ocupações no Rio contam com um bom reforço caseiro: vários de seus membros são universitários. Eles apoiam o movimento social urbano, pesquisam e, quando necessário, vão para a linha de frente. No fim de junho, em uma tentativa de invasão a um prédio do INSS, no Centro, eles não hesitaram em enfrentar a PM.
Embora a participação dos estudantes - a maioria da área de ciências humanas em instituições públicas - seja uma iniciativa pessoal ou por meio de grupos de pesquisa acadêmica, as universidades acabam entrando na luta, indiretamente, ao apoiarem projetos de extensão, em favor dos sem-teto.
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