sábado, 18 de julho de 2009

Interditada clínica em São Gonçalo onde incêndio matou bebê

O GLOBO

RIO - A clínica São Silvestre, em São Gonçalo, foi interditada pela Secretaria estadual de Saúde por não oferecer condições de segurança aos pacientes. Na manhã desta sexta-feira, um bebê com menos de 24 horas de vida morreu em um incêndio que teria começado na encubadora.

Uma enfermeira que ficou ferida após tentar salvar o bebê prestou depoimento na delegacia. Em vistoria, técnicos da secretaria detectaram falta de condições para o funcionamento devido à situação precária do sistema elétrico e problemas na limpeza. O delegado da 72ª DP (São Gonçalo), Adílson Palácio, instaurou inquérito para investigar o caso e vai indiciar os diretores da clínica por homicídio doloso, sem intenção de matar. Mas, se ficar comprovado que a clínica funcionava sem segurança, ela ainda pode ser indiciada por crime doloso, com dolo eventual, informou a rádio CBN.

O bebê - uma menina, que iria se chamar Ana Cláudia - era o segundo filho da manicure Rosaura da Silva Gomes, de 30 anos, e do pedreiro Carlos Mendonça da Silva, de 27. A mãe chegou a fazer laqueadura após o parto, que aconteceu às 18h de quinta-feira.

O bebê nasceu com 3,2 quilos e precisou de cuidados especiais por causa de problemas respiratórios. Quando viu o fogo na incubadora, a enfermeira Shirley da Silva Dutra tentou tirar o recém-nascido e teve queimaduras leves nas mãos. Homens do 20º GBM (São Gonçalo) foram chamados e chegaram a aplicar técnicas de reanimação, mas a criança, com mais de 50% do corpo queimados, não resistiu.

Segundo informações do telejornal RJTV, a mãe só soube do ocorrido quando pediu para amamentar a filha. Nesta sexta-feira, os pais ainda não haviam decidido quando e onde será o enterro.

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