RIO - O Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedca) solicitou nesta sexta-feira que o Conselho Tutelar da Zona Sul intervenha na condução do caso Sean Goldman. A guarda do menino é disputada na Justiça pelo pai e o padrasto. De acordo com o presidente do Cedca, Carlos Nicodemos, há indícios de que o menino, de nove anos, tem sofrido abalos na integridade psicossocial.
O conselho também pede retirada da entrevista de Sean de sites na internet. Em junho, o menino foi entrevistado pela especialista em terapia familiar, Terezinha Feres Carneiro, no setor de Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. O Cedca entende que a publicação online da entrevista expõe Sean a uma situação vexatória e constrangedora.
- É preciso deslocar o eixo de análise desta questão para o campo dos direitos humanos das crianças, especialmente quando o Brasil é signatário da Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (CDC-ONU). A CDC, que completa 20 anos em 2009, preconiza o superior interesse da criança frente a todo e qualquer interesse - afirma Carlos Nicodemos.
Edmilson Ventura, um dos conselheiros tutelares da Zona Sul, disse que o caso será analisado até segunda-feira pela entidade. O advogado do padrasto de Sean, Sérgio Tostes, aprovou o pedido do Cedca.
- É mais alguém a dar opinião sobre o assunto. O que mais tem que se fazer é ouvir a opinião do menino.
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