PF prende comerciantes em operação para reprimir a máfia dos caça-níqueis

O GLOBO

RIO - A Polícia Federal prendeu em flagrante dez proprietários de bares no litoral sul fluminense, pelo crime de contrabando. Os comerciantes mantinham em seus estabelecimentos máquinas caça-níqueis, que utilizam componentes eletrônicos contrabandeados. A operação Stalingrado aconteceu nesta terça-feira nos municípios de Mangaratiba e Angra dos Reis, na Costa Verde do estado. Se forem condenados, o comerciantes podem pegar penas que variam de 1 a 4 anos de reclusão.

Pelo menos 30 máquinas de caça-níqueis foram apreendidas. Segundo delegado federal em Angra dos Reis, Fabio Galvão, as máquinas caça-níqueis utilizam componentes eletrônicos contrabandeados. Elas passarão por perícia para confirmar a origem de seus componentes. As operações de combate à máfia dos caça-níqueis passaram a prender os donos dos estabelecimentos, além de somente apreender as máquinas. Cálculos da PF revelam que uma única máquina caça-níqueis pode gerar um lucro de até R$ 15 mil por mês.

- Essas apreensões vão ser um baque na cúpula da contravenção, porque, para os bicheiros, que loteiam o estado, as máquinas são o verdadeiro tesouro. Então, a gente está batendo no principal, que é o financeiro deles - afirmou o delegado.

A operação foi batizada com esse nome devido à histórica batalha que marcou a virada das tropas aliadas em relação às nazistas, na Segunda Guerra Mundial.