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RIO - O ex-deputado estadual Álvaro Lins compareceu nesta terça à 4ª Vara Federal, no Centro do Rio, para ouvir o depoimento de sete testemunhas de acusação do processo que investiga as denúncias de uso da estrutura da Polícia Civil para crimes de lavagem de dinheiro, contrabando e corrupção.
Lins teve habeas corpus concedido no fim de maio e deixou a Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8). Ainda assim, ele não pode mudar de residência sem prévia permissão das autoridades e é obrigado a comparecer em todas as audiências do caso.
Entre as testemunhas que foram ao fórum estão o deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB) e o delegado de polícia, Alexandre Neto. A oitava testemunha, que mora no Espírito Santo, não compareceu para o depoimento.
Lins responde a processo por formação de quadrilha, facilitação de contrabando, lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento com a máfia dos caça-níqueis, na época em que foi chefe de polícia.
O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, denunciado pelo Ministério Público por garantir politicamente a existência do grupo, conseguiu na Justiça o direito de não comparecer. Como Lins, Garotinho nega as acusações. Outras oito pessoas também foram denunciadas pelos crimes.
Saiba mais sobre ex-chefe da Polícia Civil Álvaro Lins
Na época em que foi preso em maio de 2008, Álvaro Lins ocupava o cargo de deputado estadual na Assembleia Legislativa. Em 12 de agosto do mesmo ano, seu cargo foi cassado e o processo foi encaminhado pelo TRF à 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Lá foi decretada a sua prisão preventiva. A possibilidade de ele vir a prejudicar o processo e o clamor público foram alguns dos argumentos para a detenção.
terça-feira, 9 de junho de 2009
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