RIO - Dois médicos que socorreram Sophie Zanger, de 4 anos, que morreu há uma semana, confirmaram que encontraram marcas de agressão na menina. Um dos médicos é legista e tirou fotos da menina. Segundo o delegado titular da 36ª DP (Santa Cruz), Aguinaldo Ribeiro, que investiga o caso, os depoimentos serão fundamentais para a conclusão do inquérito e podem ajudar a caracterizar o crime de tortura.
Segundo a coordenadora do Centro de Apoio e Defesa da Cidadania, Isabel Alves, o pai de Sophie, o austríaco Sasha Zanger, tenta conseguir junto à ex-mulher, Maristela dos Santos, a guarda definitiva das crianças, para que ele possa levar o outro filho do casal, de 12 anos, de volta à Áustria e também enterrar Sophie naquele país. Ainda que os dois cheguem a um acordo, o caso ainda precisa passar pelo Tribunal de Justiça Federal do Rio.
De acordo com o delegado, a tia e a prima da menina, as principais suspeitas do crime, podem ser indiciadas já na terça-feira. Na quinta-feira, a polícia divulgou o laudo sobre a causa da morte que comprova que a menina sofria maus tratos e que podia ser vítima de tortura. O delegado aguarda ainda o laudo do exame de corpo de delito do irmão de Sophie, que também apresentou marcas de agressão pelo corpo.
Uma comissão da Secretaria Nacional de Justiça já está no Rio para agilizar o translado do corpo da menina para a Áustria, onde Sophie e o irmão nasceram. Eles teriam vindo para o Rio há dois anos, trazidos pela mãe, Maristela, sem a permissão do pai. Com problemas psiquiátricos, Maristela desapareceu e a guarda das crianças foi dada à tia Geovana dos Santos. Na segunda-feira, porém, ela prestou depoimento na delegacia e disse sabia que filha apanhava de Geovana.
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