Luciano Guinâncio Guimarães, Leandrinho quebra-ossos e Fumão também vão continuar presos
Rio - A juíza Alessandra de Araújo Bilac, titular da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, ouviu nesta segunda-feira, três testemunhas de acusação do processo em que o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, seu filho Luciano Guinâncio Guimarães, Leandro Paixão Viegas, o Leandrinho Quebra-Ossos, e Alcemir Silva, o Fumão, respondem por extorsão.
No início da audiência, o defensor público que representa Leandro e Alcemir pediu a nulidade dos atos processuais realizados após a distribuição da ação e o relaxamento da prisão de todos os réus por não concordar que o processo tenha ido para a 1ª Vara Criminal por ser conexo a um outro sem que tenha havido uma distribuição. O referido processo é por formação de quadrilha a que responde a chamada Liga da Justiça. A juíza, porém, indeferiu os pedidos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, desde 2005 os quatro acusados reuniram-se com o objetivo de, entre outras práticas, extorquir motoristas e cooperativas de transportes alternativos de passageiros que atuam na Zona Oeste. Na época, Juarez Marcelino Dutra, dono de dois veículos de transporte alternativo, acusou Alcemir de tê-lo constrangido a pagar R$ 44 por dia para continuar circulando. A denúncia diz ainda que Juarez foi várias vezes à polícia, dizendo-se vítima de extorsão e de ameaças de morte, o que acabou acontecendo em agosto de 2005, quando ele foi morto, supostamente, pelos acusados.
O primeiro a depor foi o delegado da Draco, Cláudio Ferraz. Ele disse que pegou o processo já em andamento e elaborou o relatório final, que foi encaminhado ao MP. O delegado falou ainda que a investigação concluiu que Alcemir era o responsável por fazer as extorsões e os outros trabalhavam “fazendo pressão”.
O segundo depoimento foi do policial Marco Antonio Pires, que afirmou ter sido chamado uma vez por Juarez, que estava discutindo com Alcemir e dizendo que o mesmo estava tentando extorqui-lo. Ambos foram levados para a 25ª delegacia, onde prestaram depoimentos. Marco Antonio falou, ainda, que Juarez costumava fazer falsas denúncias, que depois acabava retirando, tendo uma vez denunciado ao próprio depoente e retirado a queixa dias depois. O policial Roberto Mendes Pereira, o terceiro a depor, foi quem pegou o depoimento de uma testemunha no dia do fato.
Como quatro testemunhas convocadas pelo MP faltaram, a juíza marcou para o próximo dia 13 de julho, às 11 horas, a continuação da audiência, onde devem ser ouvidas mais três testemunhas de defesa e cinco de acusação.
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