terça-feira, 23 de junho de 2009

Beltrame cobra mais apoio

O DIA

Secretário diz que ação de outros órgãos públicos e privados no combate à milícia da Zona Oeste deveria ser maior

POR LESLIE LEITÃO, RIO DE JANEIRO

Rio - No oitavo dia de repressão das forças de segurança do estado sobre a milícia da Zona Oeste, com a apreensão de 615 máquinas caça-níqueis, o secretário José Mariano Beltrame cobrou mais empenho de outros órgãos, públicos e privados, com o objetivo de aumentar a asfixia financeira aos grupos paramilitares que dominam a região. Ele voltou a falar sobre o abandono da Zona Oeste e afirmou que é justamente por isso que as operações na área devem continuar.

“De certa forma, essas operações significam um pouco enxugar gelo. Mas se não fizermos nada, aonde vamos chegar? O Rio de Janeiro ficou abandonado por muito tempo, a ponto de uma milícia tomar conta de tudo numa região como esta”, disparou Beltrame.

DOIS A TRÊS MESES DE AÇÃO

O secretário quer que Detran e Detro, responsável pela fiscalização do transporte alternativo, aumentem o cerco às empresas piratas. Regra que também serve para as empresas fornecedoras de gás, outra importante fonte de renda dos milicianos. “Não se pode simplesmente abrir a porta e fornecer o serviço à comunidade sem qualquer fiscalização. Esses órgãos, sejam eles públicos ou privados, devem fiscalizar. Dentro de 60 ou 90 dias, a Polícia Militar vai voltar a fazer seu trabalho ostensivo e a Polícia Civil o seu, de investigação”, afirmou Beltrame.

A ação de ontem, que deu continuidade à Operação Têmis, contou com cerca de 400 policiais civis e militares, que foram em busca de máquinas em Bangu, Santa Cruz, Campo Grande, Senador Camará e Senador Vasconcellos. O 27º BPM (Santa Cruz) apreendeu 145 caça-níqueis e o RPMont, 31. Agentes de 77 delegacias apreenderam 439 máquinas.

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