O DIA
Cinco dos acusados terão que pagar multa por fraudes na compra de ambulâncias
Brasília - A Justiça Federal do Mato Grosso condenou cinco acusados de participar da chamada “máfia dos sanguessugas”, quadrilha que fraudaria licitações para a compra de ambulâncias. Os réus tiveram as penas convertidas em multas.
Segundo o Ministério Público Federal matogrossense, os cinco condenados receberam suas sentenças separamente desde o início do ano. Como os processos corriam em segredo de Justiça, só ontem os resultados foram divulgados. Maria Estela da Silva, que trabalhava para a empresa de Darci Vedoin (apontado com um dos articuladores do esquema), terá que pagar multa de R$ 12 mil à União. Tereza Norma Rolim Félix, assessora do ex-deputado Ricardo Rique (PR-PB), terá que pagar R$ 500 mensais à instituição de caridade e multa de R$ 12 mil.
Bento José de Alencar, apontado como contador do esquema, foi condenado a pagar a mesma mensalidade à entidade filantrópica e R$ 15 mil de multa. Manoel Vilela de Medeiros, acusado de montar empresas fantasmas para favorecer a fraude, terá que pagar R$ 30 mil.
Aristóteles Gomes Leal Neto, que também teria fraudado licitações, terá que devolver R$ 20 mil aos cofres públicos. Francisco Rodrigues Pereira e Tabajara Montezuma Carvalho foram absolvidos.
Fraude revelada em 2006
A máfia dos sanguessugas virou escândalo nacional em 2006, quando ficou conhecido o esquema de fraude em licitações para a compra de ambulâncias. O grupo teria praticado irregularidades na aquisição de outros equipamentos de saúde.
Além da suspeita de direcionamento das licitações para favorecer empresas da família Vedoin, o grupo é acusado de buscar a liberação de recursos do Orçamento da União para as compras. Vários parlamentares foram acusados. Só no Mato Grosso, 285 pessoas foram denunciadas.
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