CAOS NA SAUDE DO RIO DE JANEIRO VEJAM OS VIDEOS:
MATERIA DO GLOBO
SÃO PAULO - O Ministério da Saúde confirmou em um único dia mais sete mortes por gripe suína no Brasil, subindo para 11 o número total. Foram confirmados nesta quinta-feira cinco casos no Rio Grande do Sul, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. O ministro José Gomes Temporão disse que já há evidência de que o vírus da nova gripe circula no Brasil. Uma das vítimas, que morreu em São Paulo no dia 30 de junho, não teve nenhum contado com estrangeiros ou com pessoas que viajaram para fora do país. Segundo o ministro, o Brasil é o oitavo país a registrar a transmissão sustentada da doença. A lista inclui Estados Unidos, México e Argentina.
- Registramos o primeiro caso que confirma que o novo vírus circula dentro do território nacional. Confirmamos, nesta manhã, o primeiro caso de vítima sem qualquer vínculo (contaminação ocorrida no exterior). Trata-se de um paciente de São Paulo, que morreu no último dia 30 de junho. Essa é a primeira evidência de que o vírus está em circulação no país - afirmou Temporão.
A vítima do Rio de Janeiro é uma mulher de 37 anos. A Secretaria de Saúde não informou o endereço dela, mas confirmou que ela morava na capital. Ela adoeceu no dia 3 e morreu dia 13 de julho num hospital particular com dignóstico de pneumonia. Ainda segundo a secretaria, a mulher não teria viajado para o exterior recentemente nem teria tido contato com alguém que tivesse viajado.
Em Osasco, na Grande São Paulo, um jovem de 21 anos morreu em decorrência do vírus influenza A H1N1 (foi a terceira vítima no estado). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o jovem frequentava um cursinho pré-vestibular na capital paulista. A identidade do paciente não foi divulgada. O rapaz morreu no dia 11 de julho, mas estava internado desde o início do mês no Hospital Sino-Brasileiro. Ele não teve contato com a menina de 11 anos que morreu no dia 30 de junho na cidade.
De acordo com o hospital, os dois pacientes não chegaram a se encontrar nas dependências do Sino-Brasileiro. O rapaz teria procurado atendimento, no início do mês, e recebido medicamentos para controlar os sintomas da gripe. No último dia 6, ele retornou ao hospital com pneumonia. Nos dois casos, a infecção por gripe suína só foi constatada após a morte dos pacientes.
Por ser a segunda morte pela doença na cidade, Osasco vai adotar uma série de medidas para tentar evitar novas mortes. A primeira medida é liberar 12 leitos para atendimento de pacientes contaminados pelo vírus da Influenza A. Segundo a secretaria, serão canceladas cirurgias que não forem de emergência. Além disso, a cidade vai pedir o apoio do exército para montar barracas em frente aos hospitais para fazer o pré-atendimento dos pacientes. O município também abrirá um serviço telefônico gratuito para tirar dúvidas da população.
No Rio Grande do Sul, foram confirmadas mais cinco mortes nesta quinta-feira. O Ministério da Saúde vai reforçar as equipes de vigilância epidemiológica no estado para ajudar na prevenção e no atendimento dos casos. Logo pela manhã, a Santa Casa de Uruguaiana, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, já tinha confirmado mais uma morte no estado. Trata-se do caminhoneiro Dirlei Pereira da Silva, de 33 anos, que estava internado desde o dia 10 de julho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após voltar de viagem da Argentina.
À tarde, outras quatro mortes foram confirmadas. O secretário de Saúde de Santa Maria, José Farrett, anunciou a morte de duas pessoas: Diogo Carvalho, de 26 anos, e Lucídio Klein, de 31 anos. Lucídio morreu na semana passada e Diogo, na madrugada da última segunda-feira. Segundo Farrett, Diogo esteve no Uruguai, mas Lucídio não havia saído da cidade. Ainda não se sabe como ele se contaminou. Santa Maria ainda tem quatro pacientes em estado grave com suspeita da doença, mas descarta decretar estado de emergência.
- Decretar estado de emergência neste momento causaria pânico na população - afirmou o Farrett.
Na cidade gaúcha de Passo Fundo, a 300 quilômetros de Porto Alegre, foram confirmadas também mais duas mortes. São dois homens, de 30 e 42 anos, que faleceram nos dias 8 e 10 de julho. Eles não viajaram para o exterior e também não se tem notícia de que tiveram contato com alguma pessoa proveniente das áreas de risco. Segundo o secretário municipal de Saúde, Alberi Grando, o homem de 42 anos tinha problemas no coração. Ele foi internado à meia noite do dia 9 e morreu às 23 horas do dia 10. O outro paciente, de 30 anos, aparentemente não tinha outro problema. Ele foi internado no dia 6 e morreu dois dias depois.
Além dos dois casos já confirmados de morte por gripe suína em Passo Fundo há a suspeita de mais uma morte pela doença. Por conta do surto, as escolas da cidade anteciparam as férias . O Secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, disse que existem mais de mil casos da doença na região, que por fazer fronteira com Argentina e Uruguai é considerada a porta de entrada da gripe, por via terrestre, no Brasil. Terra afirma que os sete óbitos estão dentro da proporção de letalidade do mundo e não vão alterar o perfil de mortalidade por doenças respiratórias no inverno, terceira causa de morte no Rio Grande do Sul. Em média, são 2.500 óbitos/ano por pneumonia. O secretário afirmou que não há motivo para pânico e que 99% dos casos são tratados em casa, sem necessidade de internação.
(Leia também: Brasil tem 1.175 infectados pela gripe suína e quase 4 mil com suspeitas da doença )
(Leia também:
A primeira vítima fatal no país foi o também caminhoneiro Vanderlei Vial, de 29 anos, morador de Erechim, que também contraiu o vírus no país vizinho.
Nesta quarta-feira, os três estados da região Sul do país definiram uma ação integrada contra a gripe suína na fronteira com Argentina, Uruguai e Paraguai.
Outras mortes
Na última terça-feira, São Paulo confirmou uma morte por gripe suína em Botucatu , a 226 quilômetros de São Paulo. A vítima tinha 28 anos e trabalhava como representante comercial e circulou por várias cidades da região vendendo produtos, já infectado pelo vírus.
O estado já havia confirmado, na última sexta-feira, a morte de uma menina de 11 anos em Osasco, na Grande São Paulo. O pai, a mãe e o irmão da menina apresentaram a doença. A avó e os primos da menina também foram contaminados. Segundo a secretaria municipal de Saúde de Osasco, o estado de saúde dos familiares não é grave.
No Rio Grande do Sul, um menino de 9 anos também morreu infectado pelo vírus H1N1. O garoto, que morava em Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, morreu no dia 5 de julho. Segundo o secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, o menino tinha uma doença neurológica que comprometia o sistema imunológico.
MATERIA DO GLOBO
SÃO PAULO - O Ministério da Saúde confirmou em um único dia mais sete mortes por gripe suína no Brasil, subindo para 11 o número total. Foram confirmados nesta quinta-feira cinco casos no Rio Grande do Sul, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. O ministro José Gomes Temporão disse que já há evidência de que o vírus da nova gripe circula no Brasil. Uma das vítimas, que morreu em São Paulo no dia 30 de junho, não teve nenhum contado com estrangeiros ou com pessoas que viajaram para fora do país. Segundo o ministro, o Brasil é o oitavo país a registrar a transmissão sustentada da doença. A lista inclui Estados Unidos, México e Argentina.
- Registramos o primeiro caso que confirma que o novo vírus circula dentro do território nacional. Confirmamos, nesta manhã, o primeiro caso de vítima sem qualquer vínculo (contaminação ocorrida no exterior). Trata-se de um paciente de São Paulo, que morreu no último dia 30 de junho. Essa é a primeira evidência de que o vírus está em circulação no país - afirmou Temporão.
A vítima do Rio de Janeiro é uma mulher de 37 anos. A Secretaria de Saúde não informou o endereço dela, mas confirmou que ela morava na capital. Ela adoeceu no dia 3 e morreu dia 13 de julho num hospital particular com dignóstico de pneumonia. Ainda segundo a secretaria, a mulher não teria viajado para o exterior recentemente nem teria tido contato com alguém que tivesse viajado.
Em Osasco, na Grande São Paulo, um jovem de 21 anos morreu em decorrência do vírus influenza A H1N1 (foi a terceira vítima no estado). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o jovem frequentava um cursinho pré-vestibular na capital paulista. A identidade do paciente não foi divulgada. O rapaz morreu no dia 11 de julho, mas estava internado desde o início do mês no Hospital Sino-Brasileiro. Ele não teve contato com a menina de 11 anos que morreu no dia 30 de junho na cidade.
De acordo com o hospital, os dois pacientes não chegaram a se encontrar nas dependências do Sino-Brasileiro. O rapaz teria procurado atendimento, no início do mês, e recebido medicamentos para controlar os sintomas da gripe. No último dia 6, ele retornou ao hospital com pneumonia. Nos dois casos, a infecção por gripe suína só foi constatada após a morte dos pacientes.
Por ser a segunda morte pela doença na cidade, Osasco vai adotar uma série de medidas para tentar evitar novas mortes. A primeira medida é liberar 12 leitos para atendimento de pacientes contaminados pelo vírus da Influenza A. Segundo a secretaria, serão canceladas cirurgias que não forem de emergência. Além disso, a cidade vai pedir o apoio do exército para montar barracas em frente aos hospitais para fazer o pré-atendimento dos pacientes. O município também abrirá um serviço telefônico gratuito para tirar dúvidas da população.
No Rio Grande do Sul, foram confirmadas mais cinco mortes nesta quinta-feira. O Ministério da Saúde vai reforçar as equipes de vigilância epidemiológica no estado para ajudar na prevenção e no atendimento dos casos. Logo pela manhã, a Santa Casa de Uruguaiana, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, já tinha confirmado mais uma morte no estado. Trata-se do caminhoneiro Dirlei Pereira da Silva, de 33 anos, que estava internado desde o dia 10 de julho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após voltar de viagem da Argentina.
À tarde, outras quatro mortes foram confirmadas. O secretário de Saúde de Santa Maria, José Farrett, anunciou a morte de duas pessoas: Diogo Carvalho, de 26 anos, e Lucídio Klein, de 31 anos. Lucídio morreu na semana passada e Diogo, na madrugada da última segunda-feira. Segundo Farrett, Diogo esteve no Uruguai, mas Lucídio não havia saído da cidade. Ainda não se sabe como ele se contaminou. Santa Maria ainda tem quatro pacientes em estado grave com suspeita da doença, mas descarta decretar estado de emergência.
- Decretar estado de emergência neste momento causaria pânico na população - afirmou o Farrett.
Na cidade gaúcha de Passo Fundo, a 300 quilômetros de Porto Alegre, foram confirmadas também mais duas mortes. São dois homens, de 30 e 42 anos, que faleceram nos dias 8 e 10 de julho. Eles não viajaram para o exterior e também não se tem notícia de que tiveram contato com alguma pessoa proveniente das áreas de risco. Segundo o secretário municipal de Saúde, Alberi Grando, o homem de 42 anos tinha problemas no coração. Ele foi internado à meia noite do dia 9 e morreu às 23 horas do dia 10. O outro paciente, de 30 anos, aparentemente não tinha outro problema. Ele foi internado no dia 6 e morreu dois dias depois.
Além dos dois casos já confirmados de morte por gripe suína em Passo Fundo há a suspeita de mais uma morte pela doença. Por conta do surto, as escolas da cidade anteciparam as férias . O Secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, disse que existem mais de mil casos da doença na região, que por fazer fronteira com Argentina e Uruguai é considerada a porta de entrada da gripe, por via terrestre, no Brasil. Terra afirma que os sete óbitos estão dentro da proporção de letalidade do mundo e não vão alterar o perfil de mortalidade por doenças respiratórias no inverno, terceira causa de morte no Rio Grande do Sul. Em média, são 2.500 óbitos/ano por pneumonia. O secretário afirmou que não há motivo para pânico e que 99% dos casos são tratados em casa, sem necessidade de internação.
(Leia também: Brasil tem 1.175 infectados pela gripe suína e quase 4 mil com suspeitas da doença )
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A primeira vítima fatal no país foi o também caminhoneiro Vanderlei Vial, de 29 anos, morador de Erechim, que também contraiu o vírus no país vizinho.
Nesta quarta-feira, os três estados da região Sul do país definiram uma ação integrada contra a gripe suína na fronteira com Argentina, Uruguai e Paraguai.
Outras mortes
Na última terça-feira, São Paulo confirmou uma morte por gripe suína em Botucatu , a 226 quilômetros de São Paulo. A vítima tinha 28 anos e trabalhava como representante comercial e circulou por várias cidades da região vendendo produtos, já infectado pelo vírus.
O estado já havia confirmado, na última sexta-feira, a morte de uma menina de 11 anos em Osasco, na Grande São Paulo. O pai, a mãe e o irmão da menina apresentaram a doença. A avó e os primos da menina também foram contaminados. Segundo a secretaria municipal de Saúde de Osasco, o estado de saúde dos familiares não é grave.
No Rio Grande do Sul, um menino de 9 anos também morreu infectado pelo vírus H1N1. O garoto, que morava em Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, morreu no dia 5 de julho. Segundo o secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, o menino tinha uma doença neurológica que comprometia o sistema imunológico.
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