Fábrica de fazer dinheiro, apresentadora não liga de ser chamada de burra e nunca perde o bom humor: ‘Gostam de rotular. Mas tudo se aprende na vida... Se aprende que tem que usar roupa mais comprida’
POR CAMILLA GABRIELLA, RIO DE JANEIRO
Rio - É impossível não se divertir com Sabrina Sato. Ela fala desesperadamente, engole metade das palavras e pontua cada frase com uma risada no final. A simpatia foi o artifício que a apresentadora do ‘Pânico na TV’, da Rede TV!, diz ter encontrado para se destacar entre tantas mulheres bonitas na adolescência. “Sou jeca total. Se não fosse simpática, não chegaria a lugar algum. Até quando me inscrevia para concurso de beleza, ganhava como miss simpatia. Era horrível”, diz, às gargalhadas. Mas, quem diria, a ‘miss simpatia’ se transformou em objeto de desejo de nove entre 10 homens.
A beleza japonesa/libanesa encantou astros internacionais como Hugh Jackmann e Ashton Kutcher. Em sua passagem pelo Rio para divulgar o filme ‘X-Men — Origens: Wolverine’, Hugh lembrou da entrevista que Sabrina fez com ele no México, há três anos, e se derreteu em elogios à morena. Ela conta que foi convidada para a festa da Fox Filmes — sem acesso liberado para a imprensa — em que o ator australiano também estava e fez caipirinha para Hugh. “Fiquei morrendo de vergonha, vermelha. Não sabia falar nada”, lamenta.FOTOGALERIA: Sabrina Sato de todos os ângulos
Ela nega que no dia seguinte ele tenha ligado, como se comentou. “E se ligasse eu não ia saber falar”, dá risada. “Ele é gato, mas é casado. E se eu falasse inglês, estaria em Hollywood. Estava com Hugh”, brinca ela, já emendando outra experiência que teve com Ashton Kutcher. “Ele me pediu para fazer strip tease. Jogou pipoca dentro da cueca e pediu para eu comer, mas isso eu não fiz. Brincou tanto que a Fox não queria liberar a fita”, lembra, nomeada “repórter internacional” do ‘Pânico’. Sabrina já viajou para África do Sul e França. “Emílio (Surita, apresentador) e o diretor dizem que os gringos param para falar comigo”, orgulha-se ela, que foi agarrada pelos integrantes do grupo Kiss.
Por causa das viagens internacionais, começou a se dedicar às aulas de inglês. “É minha meta. Faço aula particular duas vezes por semana”, diz, destacando o clima familiar entre os apresentadores da atração. “A gente ama muito fazer o ‘Pânico’, por isso nós estamos conquistando uma das maiores audiências depois de tanto tempo. A gente ainda vai bater o ‘Fantástico’, tenho certeza”.
Há seis anos no ar, Sabrina tem salário ‘gordo’. É uma das campeãs de merchandising e especula-se que seu salário seja de R$ 100 mil. Ela desconversa sobre o assunto e diz que é sua irmã, a advogada Karina Sato, quem cuida do dinheiro. “Não sei mexer com dinheiro. Sou uma criança. Se me perguntar quanto ganho no mês, não faço a mínima ideia. Não sei nem quanto gasto”, garante a apresentadora, que tem um seguro por morte ou invalidez no valor de R$ 3 milhões feito por uma firma americana.
De pouco inteligente, Sabrina não tem nada. Ela não se incomoda se a chamam de burra. “É natural o ser humano rotular as pessoas. Falam tanto que não querem saber se você tem caráter, se é bondoso. Mas tudo se aprende na vida... Se aprende que você tem que usar uma roupa mais comprida”, ameniza, rindo.
Solteira, aos 28 anos, ela garante que não é muito assediada pelos homens. “É tudo com muito carinho. Se eu ficar em casa esperando, vou ficar para titia (risos). Hugh Jackmann na nossa vida é uma vez a cada dez anos. E você pode não estar preparada quando ele aparecer”, diz, tirando sarro de si.
Sabrina jura que não se acha gostosa. “O peito eu coloquei, só sou bunduda e coxuda. Também herdei da família do meu pai, que é libanesa, o nariz avantajado. Tenho uma pinta no meio da testa que não sei de onde apareceu. Penso em tirar, mas tenho medo. Vai que acaba minha sorte. Sou meio anti-heroína”, brinca.
A apresentadora é naturalmente engraçada e pouco difere da personagem que apresenta na mídia. Talvez seja pelo jeito descolado que ela surpreenda quando revela que tinha vergonha e recorreu à terapia para perder a virgindade aos 20 anos, com o primeiro namorado. “Para as meninas da minha idade eu era muito velha, mas eu não tinha coragem de falar para as minhas amigas. Quando elas falavam sobre o assunto, eu mudava o rumo da conversa. Queria ser moderna e não era”.
Ela jura que não é namoradeira, mas gosta da rotina do namoro e lida bem com a falta de sexo. “Já fiquei quase um ano sem beijar na boca e transar. Não subo pelas paredes. O Dhomini (seu namorado na época do ‘Big Brother’), coitado, ficou o maior tempão até conseguir”. Ela lembra que saiu de Penápolis, interior de São Paulo, para morar no Rio, aos 18. “Minha diversão era pegar escada rolante e andar de elevador. Achava o máximo, na minha cidade não tinha”.
Agora o tempo é outro. Sabrina ri do próprio passado e sonha se casar. “Quero que seja para sempre igual ao dos meus avós. Agora, se você quer casar, não trabalhe na TV”, avisa ela, que terminou recentemente o namoro com o publicitário Ernani Nunes. “Minha vida é um livro aberto”, avisa.
Sabrina ainda não tinha prótese de silicone nem participara do corpo de baile do ‘Domingão do Faustão’, e o posto lhe garantiu reconhecimento nas ruas. “Quando passava na praia, os homens mexiam: ‘Olha a Garota do Tempo do DIA’”.
Desde 2003, ficou famosa nacionalmente com o ‘Big Brother Brasil 3’ e, mais tarde, foi para o ‘Pânico na TV!’, Sabrina estourou com seu bom humor descompromissado. “Meu objetivo era trabalhar na TV, consegui aos poucos. O primeiro passo foi ser Garota do Tempo”.
Hoje, a menina do interior bate ponto na praia de Ipanema e atrai os olhares masculinos. “Não tenho padrão de beleza. Essa não é minha característica principal. A televisão engana bastante”, brinca.
Para manter a forma, Sabrina faz musculação uma vez por semana e boxe, duas. Mas jura que é por prazer. Diz que não faz dieta e adora comer doces. “Sempre fiz atividade física. Se parar, fico estranha. Tem a ver com meu estado emocional. Não me privo de comer nada”.
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