ASTANA (Cazaquistão) e RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira em Astana, no Cazaquistão, estar preocupado com o que classificou de "política de denuncismo" do Brasil, referindo-se à revelação dos atos secretos do Senado, que podem passar de 500 . Lula apoiou ainda o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que foi à tribuna nesta terça-feira se defender das acusações de usar os atos para nomear parentes .
- Eu sempre fico preocupado quando começa no Brasil esse processo de denúncias porque ele não tem fim e depois não acontece nada - disse o presidente à BBC Brasil, antes de embarcar para Brasília - Não li a reportagem do presidente (do Senado, José) Sarney, mas eu penso que o Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como uma pessoa comum. ( Leia mais: Os recentes escândalos no Congresso e as providências que foram tomadas )
O presidente defendeu as investigações para preservar o Congresso e "separar o joio do trigo":
- Essa história tem que ser mais bem explicada. Não sei a quem interessa enfraquecer o Poder Legislativo no Brasil. Mas penso o seguinte: quando tivemos o Congresso Nacional desmoralizado e fechado foi muito pior para o Brasil, portanto é importante pensar na preservação das instituições e separar o joio do trigo. Se tiver coisa errada, que se faça uma investigação correta.
Ele disse também que o governo não teme ser prejudicado pelas denúncias sobre o Senado.
- Todos os senadores, a começar do presidente Sarney, têm responsabilidade de dirigir o destino do país, ou seja do Congresso Nacional, vamos esperar que essas coisas se resolvam logo - acrescentou
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