RIO - Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça no início do inquérito aberto para investigar a existência de um mandante do assassinato de Arthur Sendas levaram à descoberta de que o motorista Roberto Costa Júnior, condenado pelo assassinato do empresário do ramo de supermercados , teria saído algumas vezes da cadeia enquanto esteve preso na Polinter da Pavuna.
Costa Júnior foi condenado nesta terça-feira a 18 anos e quatro meses de prisão por homicídio doloso (com intenção de matar) duplamente qualificado (por motivo fútil e sem dar chance de defesa à vítima).
Com base nestas informações, a promotora Patricia Glioche, do 1º Tribunal do Júri, solicitou à Justiça a transferência de Costa Júnior da Polinter para outra unidade prisional. O juiz Fábio Uchôa acolheu o pedido que foi encaminhado ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. O ofício do magistrado foi expedido no último dia 5 de março. Dias depois, o assassino foi levado para o Presídio Ary Franco, em Água Santa, onde permanece até hoje.
- Após a conclusão das investigações sobre o mandante do crime, vou encaminhar um ofício à Corregedoria da Polícia Civil informando sobre a irregularidade - disse a promotora.
O empresário Arthur Sendas, dono da rede de supermercados Sendas, de 73 anos, morreu na madrugada do dia 20 de outubro de 2008. Ele foi baleado na cabeça no apartamento onde morava, na Avenida Delfim Moreira, no Leblon. Na ocasião, o governador Sérgio Cabral chegou a decretar luto oficial de três dias. No mesmo dia do crime, a polícia pediu prisão temporária do motorista Roberto Costa Junior, 28 anos, que trabalhava para o neto de Sendas, mas fora dispensado. Ele tinha em seu nome uma pistola 380, mesmo calibre da arma usada para matar o empresário. Quando as imagens do circuito interno de tv revelaram sua culpa, Roberto se entregou à polícia e confessou o assassinato, respondendo ao processo em liberdade.
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