segunda-feira, 22 de junho de 2009

Filho teria visto mãe matar o pai

O DIA

Defesa de Alessandra D’Ávila vai pedir à Justiça para menino de 5 anos prestar depoimento, o que será feito com auxílio de psicólogo

Rio - A defesa de Alessandra D’Ávila, 35 anos, viúva do empresário Renato Biassoto, 52, deve pedir à Justiça que o filho do casal, de 5 anos, seja ouvido. O menino assistiu a toda a cena do crime no apartamento de luxo da família, na Barra. O objetivo do advogado é que ele preste o depoimento sem dano, em que assistente social e psicólogo repassam à criança, de forma lúdica, os questionamentos do processo.

“O filho do casal viu tudo. Ele pode relatar quem foi que agrediu quem. Já que não foram feitos exames, como para verificar se havia pele nas unhas do empresário, o que revelaria que houve uma briga, o depoimento dele é importante”, afirmou o advogado Mário de Oliveira Filho, que atuou na defesa de Suzane von Richthofen, a ex-estudante paulista que matou os pais com a ajuda do namorado.

A criança é ouvida em uma sala reservada, e a conversa pode ser gravada. As perguntas do promotor, juiz e advogados são feitos através de um ponto eletrônico que fica com os profissionais encarregados de incentivar o menor a contar o que viu ou sabe sobre o caso. A técnica também é muito usada para violência sexual.

Segundo o advogado, o filho do casal já está recebendo tratamento psicológico onde a Alessandra encontra-se foragida. Hoje, Oliveira Filho vai entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça, alegando que o pedido de prisão preventiva contra sua cliente é improcedente, porque ela agiu em legítima defesa. No documento, também são feitas críticas à perícia policial feita no apartamento onde aconteceu o crime.

“Somente no dia 16 a polícia encontrou a faca usada pela Alessandra. Só que ela estava no corredor de acesso do imóvel. Eles só encontraram porque fui à delegacia e falei onde estava. Que perícia é essa?”, questionou Oliveira Filho. A polícia informou que a faca foi encontrada atrás de uma televisão, colocado de forma “cuidadosa”.

Golpes no rosto e no peito

O laudo de necropsia revelou que o empresário morreu de lesões pulmonar e em vasos da base do coração. Ele foi golpeado no rosto e no peito, 20 milímetros acima do mamilo esquerdo. Renato também apresentava dois hematomas na parte interna do punho esquerdo. A facada no peito possivelmente foi desferida de baixo para cima. O sangue espirrou até o teto.

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