BRASÍLIA - O Palácio do Planalto trabalha com a possibilidade de a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, se afastar de Brasília em agosto para se submeter ao tratamento de radioterapia. Dilma concluiu quinta-feira a primeira etapa do tratamento contra o câncer linfático - identificado em abril - e, dentro de um mês, iniciará as sessões de radioterapia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Nesse período, a tendência é que ela despache no escritório da Presidência da República em São Paulo. (Saiba mais sobre os linfomas)
A linha de tratamento traçada pelos médicos de Dilma prevê 20 sessões de radioterapia durante um mês, sendo cinco por semana - cada uma com duração de 20 minutos a meia hora. Para evitar muitos transtornos na agenda da ministra, ela poderá trabalhar em São Paulo. Com a transferência de sua agenda para a capital paulista, parte de seus assessores mais próximos também terá que acompanhá-la.
Desde que o câncer foi identificado, a ministra tem procurado manter o ritmo de trabalho e das viagens pelo Brasil, mas mudou a rotina no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona temporariamente a Presidência. Antes do diagnóstico, Dilma costumava almoçar no próprio gabinete. Agora tem ido regularmente comer em casa.
Dilma deve ser a principal ausência, neste sábado à noite, na tradicional festa junina da Granja do Torto, promovida pelo presidente e a primeira-dama, Marisa Letícia. A ministra está em Porto Alegre e só deve voltar a Brasília domingo. Ano passado, Dilma foi à festa.
A festa junina do casal presidencial este ano terá um componente a mais: a preocupação dos convidados com a Lei Seca. Alguns ministros estão decididos a evitar o álcool para não depender de táxis nem burlar a lei, pois a orientação do Palácio do Planalto é que eles não usem carros oficiais. Cada um tem de levar um prato de comida típica. Como nos anos anteriores, haverá procissão puxada pelo chefe de gabinete do presidente, Gilberto Carvalho.
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