Ela foi flagrada tentando afogar menino de 2 anos e seis meses na banheira. A presa nega
Fábio Varsano
Rio - A professora de Inglês Elane de Souza Vieira, 53 anos, que trabalhava como babá de um menino de dois anos e seis meses, numa casa em condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, foi presa acusada de tentar afogar a criança em uma banheira de hidromassagem da residência, no fim da noite de sexta-feira. A tia do garoto teria flagrado a cena, após ouvir gritos, e chamado a polícia. Indiciada na 16ª DP (Barra da Tijuca) por tortura, Elane negou o crime, garantindo que apenas tentava segurar o menino, que chorava durante o banho, e ele teria se soltado.
Os pais da criança haviam saído cerca de 30 minutos antes. O filho ficou aos cuidados da babá, que trabalhava na casa há 30 dias para complementar a renda, pois estaria sem receber há quatro meses no Pró-Jovem de Miguel Couto, em Nova Iguaçu, onde dá aulas para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. A tia do menino — uma cabeleireira de 28 anos que mora fora do País e chegou ao Rio há três dias — contou ter escutado o sobrinho chorando e chamando pelos pais. “Quando subi e entrei no banheiro, ela estava empurrando ele para baixo pela cabeça e pelos pés. Parece que foi Deus quem me mandou voltar para o Brasil para salvar meu sobrinho”, afirmou.
Elane teria tentado fugir, mas foi detida por seguranças na portaria do condomínio até a chegada de policiais do 31º BPM (Barra da Tijuca), que a levaram para a delegacia. No caminho, um PM teria gravado a babá dizendo que daria um castigo na criança porque ela estava chorando muito. O delegado Robinson Gomes, adjunto da 16ª DP (Barra), anexará a gravação ao inquérito.
O delegado contou que escoriações nas costas do menino indicariam que a acusada pode ter cometido a agressão. A pena para tortura é de dois a oito anos de prisão, mas que pode ser aumenta em até dois terços pelo agravante de a vítima ser menor. Como o crime é inafiançável, a babá, moradora de Belford Roxo, terá que aguardar pelo julgamento na prisão.
Mão inchada fez a mãe desconfiar
A mãe do menino disse que já desconfiava da babá. “Na primeira semana, meu filho apareceu com a mão inchada. O comportamento dele mudou. Não estava comendo quase nada”, lembrou ela, que é empresária, assim como o marido.
Com a voz trêmula, a mãe da criança contou que recebera de uma grande amigaótimas referências sobre Elane, apesar de ela nunca ter trabalhado como babá: “É uma professora, tem Nível Superior, não dá para entender! Foi uma coisa absurda. Nenhuma mãe aguenta ver isso”.
Elane negou as acusações: “Ele estava chorando no banho, mas as pessoas confundiram tudo, achando que eu estivesse afogando. Jamais faria uma coisa dessas”.
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