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CURITIBA - O advogado que representa a família de Gilmar Yared, um dos dois jovens mortos no acidente causado pelo então deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho há um mês, entregou um ofício na tarde desta segunda-feira cobrando rigor nas investigações do caso, que são de responsabilidade da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran).
O advogado Elias Mattar Assad disse ter pedido no documento a decretação da prisão preventiva do ex-deputado caso ele esteja a se esconder. Assad opinou que a polícia deve fazer diligências em Guarapuava e em Curitiba para intimar o ex-parlamentar. Se não conseguir, deve pedir que ele seja preso.
Carli Filho teve alta no último sábado do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde o acidente. Ele não teria retornado a Curitiba.
Assad disse que não está descartada a hipótese do ex-deputado ter fugido do país. A reportagem da Gazeta do Povo tentou entrar em contato com familiares e assessores do deputado, mas não obteve êxito.
Na opinião do advogado, se o deputado teve condições de escrever uma carta de renúncia ao cargo, também era possível que ele fosse interrogado no hospital. O texto foi lido na Assembleia Legislativa na semana passada.
O pai da vítima, que também se chama Gilmar Yared, disse que qualquer "cidadão comum" já estaria preso. Yared ressaltou que o Brasil precisa de "políticos íntegros".
O delegado Armando Braga de Moraes Neto, titular da Dedetran, afirmou que estava em reunião nesta tarde na Procuradoria Geral do Paraná e, por causa disso, não leu o documento entregue por Assad. O policial disse que só opinaria sobre as declarações do advogado e da família Yared após ler o ofício.
Braga conseguiu que o prazo para a conclusão do inquérito fosse prorrogado até o dia 7 de julho, dia no qual o acidente completará dois meses.
terça-feira, 9 de junho de 2009
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