quarta-feira, 1 de julho de 2009

STJ revoga pedido de prisão preventiva para mulher que matou marido a facadas na Barra da Tijuca

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RIO - O ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou na noite desta terça-feira o pedido de prisão preventiva de Alessandra Ramalho D'Ávila Nunes, que confessou ter matado o marido Renato Biasotto Mano Júnior a facadas, dia 13 de junho, num condomínio de luxo na Barra . Alessandra se comprometeu a se apresentar à Justiça em cinco dias, e entregar seus dois passaportes (ela tem cidadanias brasileira e americana), como adiantou o Blog do Ancelmo .

A decisão vale até o julgamento do mérito do habeas corpus pela 5ª turma do STJ, composta por cinco ministros, entre os quais o próprio Mussi. Alessandra terá que se apresentar ao juiz Sidney Rosa, do 3º Tribunal do Júri, por tratar-se de crime de homicídio.

O advogado de Alessandra, Mário de Oliveira Filho, já havia tentado entregar os dois passaportes ao TJ, mas o magistrado não teria aceitado. Para o delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, da 16ª DP (Barra da Tijuca), o fato de Alessandra estar com os passaportes é um sinal de que ela pensou em deixar o país.

- Como pode alguém matar outra pessoa e fugir em poucos minutos e pensar em pegar passaportes? É um sinal - comentou o delegado. - Estou feliz pelo fato de o pedido de prisão ter sido corroborado pelo juiz do 3º Tribunal do Júri e pelo Tribunal de Justiça. Mas decisão judicial tem que ser respeitada.

Na semana passada, o desembargador José Augusto de Araújo Neto, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou recurso a Alessandra que tentava um habeas-corpus. Alessandra alega que matou o marido em legítima defesa. Ela está foragida desde o dia do crime. Logo após o crime, ela saiu de casa com o filho. Seu carro foi flagrado por câmeras da Polícia Rodoviária Federal (PRF), poucas horas depois, na Via Dutra.

O corpo de Renato foi sepultado na sexta-feira no Cemitério São João Batista, 13 dias depois do crime. Cerca de 60 amigos e parentes acompanharam o sepultamento. A família queria cumprir o desejo do empresário de ser cremado, mas desistiu de esperar por uma decisão da Justiça. A autorização não foi dada por se tratar de uma vítima de crime.

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