O DIA
Sobrevivente ingressa em programa de proteção
POR LESLIE LEITÃO, RIO DE JANEIRO
Rio - A Liga da Justiça continua desafiando os órgãos de segurança do estado. Ontem, dia seguinte ao assassinato de Leonardo Varing Rodrigues, 24 anos — uma das testemunhas de chacina que deixou sete mortos na Favela do Barbante, em Campo Grande, em agosto —, a quadrilha ameaçou o irmão da vítima, que conseguiu escapar do atentado da tarde de quinta-feira, em Cosmos. O recado foi direto e assustador: se ele for ao enterro, previsto para hoje, será executado dentro do cemitério.
L. ficou apavorado e ontem pediu ajuda à Polícia Civil e ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da CPI das Milícias. Ele foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que o incluiu no Programa de Proteção a Testemunhas.
“Eles mandaram um recado através de vizinhos e amigos, que se eu aparecer no enterro, vão me matar lá mesmo. Estou desesperado, quero pelo menos enterrar meu irmão!”, implorou ele, apavorado.
Seu primo Y. — que juntamente com Leonardo havia testemunhado a chacina do Barbante — já tinha pedido proteção desde que, na noite de terça-feira, milicianos invadiram a casa de sua família que, desde então, está desaparecida. Foram levados o pai do rapaz, Vicente de Souza, 90 anos, a mulher dele, o enteado e um cunhado. Na casa, a perícia encontrou vestígios de sangue.
“Estão falando que o sumiço deles tem a ver com agiotas, a quem minha madrasta estaria devendo. Isso é tudo mentira. Ele mandaram espalhar isso na favela para enganar a polícia”, disse Y., que, assim como Leonardo, também abandonou o programa de proteção na primeira vez.
Cinco suspeitos presos
Cinco suspeitos de integrar a Liga da Justiça foram presos ontem, em Campo Grande e Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Eles foram denunciados por um motorista de van, que teria sido vítima de extorsão do grupo.
O motorista levou policiais da Delegacias de Homicídios da Zona Oeste (DH-Oeste) até os pontos onde os acusados fariam as cobranças, na Estrada do Monteiro e Largo do Correia. Os valores variavam entre R$ 35 e R$ 50. Com eles foram apreendidos cerca de R$ 500. Segundo o delegado Antônio Ricardo de Lima Nunes, os cinco vão responder por extorsão e formação de quadrilha.
L. ficou apavorado e ontem pediu ajuda à Polícia Civil e ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da CPI das Milícias. Ele foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que o incluiu no Programa de Proteção a Testemunhas.
“Eles mandaram um recado através de vizinhos e amigos, que se eu aparecer no enterro, vão me matar lá mesmo. Estou desesperado, quero pelo menos enterrar meu irmão!”, implorou ele, apavorado.
Seu primo Y. — que juntamente com Leonardo havia testemunhado a chacina do Barbante — já tinha pedido proteção desde que, na noite de terça-feira, milicianos invadiram a casa de sua família que, desde então, está desaparecida. Foram levados o pai do rapaz, Vicente de Souza, 90 anos, a mulher dele, o enteado e um cunhado. Na casa, a perícia encontrou vestígios de sangue.
“Estão falando que o sumiço deles tem a ver com agiotas, a quem minha madrasta estaria devendo. Isso é tudo mentira. Ele mandaram espalhar isso na favela para enganar a polícia”, disse Y., que, assim como Leonardo, também abandonou o programa de proteção na primeira vez.
Cinco suspeitos presos
Cinco suspeitos de integrar a Liga da Justiça foram presos ontem, em Campo Grande e Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. Eles foram denunciados por um motorista de van, que teria sido vítima de extorsão do grupo.
O motorista levou policiais da Delegacias de Homicídios da Zona Oeste (DH-Oeste) até os pontos onde os acusados fariam as cobranças, na Estrada do Monteiro e Largo do Correia. Os valores variavam entre R$ 35 e R$ 50. Com eles foram apreendidos cerca de R$ 500. Segundo o delegado Antônio Ricardo de Lima Nunes, os cinco vão responder por extorsão e formação de quadrilha.
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