O GLOBO
BRASÍLIA - O governo planeja conceder reajuste acima da inflação, em 2010, ano eleitoral, para aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefícios maiores do que o salário mínimo. O aumento para esse grupo de segurados, até então restrito à reposição do poder de compra, poderá chegar a 2,5 pontos percentuais acima da inflação e está sendo usado como moeda de troca nas negociações com as centrais sindicais e líderes partidários para evitar o fim do fator previdenciário. É o que mostra reportagem de Geralda Doca na edição desta quarta em O GLOBO.
Para 2011, seria instituída uma mesa de negociação com representantes dos centrais sindicais, aposentados e governo, com o propósito de discutir critérios fixos de reajustes para o segmento. A estimativa é que esse aumento real custará ao governo cerca de R$ 3 bilhões por ano.
A intenção é evitar desgaste político, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja obrigado a vetar a extinção do fator previdenciário, regra usada no cálculo do benefício que considera tempo de contribuição, idade e expectativa de vida, e que é contestada pelos sindicatos. O projeto prevendo o fim do fator, de autoria do senador Paulo Paim (RS), já foi aprovado pelo Senado e está pronto para ser votado na Câmara. O instrumento, criado durante o governo Fernando Henrique Cardoso, porém, é considerado importante para manter o déficit previdenciário sob controle.
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