RIO - Pelo menos quatro pessoas morreram num acidente com um ônibus da viação Reunidas Paulistas (São Paulo/Paraty) que passava pela BR 101, por volta das 23h30m desta sexta-feira, e capotou, a 22 quilômetros de Paraty, no Estado do Rio. O motorista do ônibus e um homem que conversava com ele na cabine, ambos ainda não identificados, morreram no local. A menina Raíssa Mancine, de 5 anos, e Kelly Cristina, de 40, morreram no hospital. Muitos dos viajantes estavam a caminho da Festa Literária de Paraty (Flip).
Outros 25 passageiros foram levados para o Hospital Municipal São Pedro de Alcântara e a maioria já foi liberada. Apenas dois permanecem internados: Nicole Fernandes, de 5 anos, fraturou a tíbia (osso da perna), e Andrea Alessandra, de 35, fraturou a coluna cervical.
O ônibus capotou ao tentar fazer uma curva e parou de cabeça para baixo. Segundo os passageiros, o socorro demorou muito para chegar ao local, que seria de difícil acesso.
- O ônibus pegou um engarrafamento muito grande por causa de um acidente, ainda em São Paulo, e provavelmente por isto o motorista corria muito para compensar o atraso - contou o advogado Afonso Cunha, que já estava em Paraty, onde aguardava a chegada do amigo João Vitale, que vinha no coletivo. - Ele me ligou várias vezes durante a viagem me informando sobre o que acontecia, pois eu o estava esperando por volta de 21h30m para irmos a um show. Até que ele me telefonou avisando do acidente e eu corri para o local, num táxi. Lá conversei com muitos passageiros que foram unânimes: o motorista estava correndo muito, principalmente a partir de Trindade, um trecho que é considerado perigoso.
Afonso disse ainda que três ambulâncias estavam no local do acidente e que, para ajudar, deu carona para o Hospital Municipal São Pedro de Alcântara, em seu táxi, a duas passageiras em estado menos grave. Seu amigo João foi examinado e estava com suspeita de ter quebrado um dos braços e uma costela, mas passava bem.
- Muitos médicos que estavam na Flip vieram para o hospital ajudar a atender aos feridos - acrescentou Afonso.
Esta foi uma semana marcada por tristes acidentes de trânsito. No dia seguinte a que uma van escolar bateu num reboque da prefeitura na Linha Vermelha , nesta quarta-feira, matando quatro crianças do Colégio Pedro II, um carro explodiu num grave acidente em que das pessoas morreram e 30 ficaram feridas envolvendo um ônibus e dois carros na pista sentido Rio Bonito da Via Lagos, na manhã desta quinta-feira.
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Um comentário:
A verdade não contada sobre a pedagiada ViaLagos:
Eis as palavras do Sr. Márcio Roberto de Morais Silva, Diretor-presidente da ViaLagos:
"Sabemos que ainda há muito a ser feito. Nossa missão é viabilizar soluções e investimentos em infra-estrutura rodoviária de qualidade e, na Rodovia dos Lagos – pode ter certeza – nós cuidamos de você!"
Senhor Márcio Roberto, o senhor acha mesmo que através da gananciosa CCR, que administra a macabra ViaLagos, a gente pode realmente ter certeza que voces preservam a nossa segurança?
Ou melhor, voces cuidam realmente da segurança de nossos filhos que ali são obrigados a trafegar?
Veja então os pormenores sobre os dois rapazes que morreram carbonizados na sua ViaLagos:
http://carlinhosbuzios.wordpress.com/2009/07/03/pai-reconhece-carro-do-filho-em-noticiario-da-tv/
Ora, senhor Márcio, deixe o cinismo de lado e pare de pronunciar balelas e asneiras, uma vez que voces sabem que o principal investimento em infra-estrutura de qualidade rodoviária na ViaLagos, seria a necessária construção da mureta central quando a estrada foi privatizada...pois voces sabem tão bem quanto nós, que esta mureta é uma obra tecnicamente exigida, seja qual for o número de veículos que circulam na estrada diariamente e que se ela tivesse sido construída, hoje os pais daqueles dois rapazes, não estariam vivenciando o que nem eu, o senhor e os donos da CCR, não gostaríamos de passar: a dor da perda de seus filhos...
Em verdade, a CCR, se aproveitou das falhas no modelo de concessão, para que não viesse a construir a vital mureta central na rodovia quando ela foi privatizada...mas parte da culpa está sobre os ombros do governo da época em que deveria ter repassado à iniciativa privada uma rodovia pronta, e não com investimentos a fazer...aí a CCR "deitou e rolou" e quem paga o preço com a própria vida, são os seus usuários...
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