domingo, 7 de junho de 2009

Paciente morre durante transferência

MAIS UM CRIME COMETIDO POR SERGIO CABRAL.
O POVO DO RIO DE JANEIRO ABANDONADO POR UM GOVERNADOR QUE APENAS PENSA EM VIAJAR PELO MUNDO COM O DINHEIRO DO POVO !!!
ATÉ QUANDO ???


O DIA:
Rio - Paciente que estava internado no CTI do Iaserj, no Centro do Rio, morreu terça-feira à noite durante transferência para outro hospital. Os 54 doentes que estavam no setor começaram a ser removidos porque o Iaserj será usado para receber pessoas com suspeita de gripe suína. “Ficamos surpresos com a transferência. Ele morreu no elevador, de parada cardíaca, antes de entrar na ambulância”, disse Edson Carvalho, cunhado de Francisco Orlando Alves, 41 anos. Francisco chegou no Iaserj dia 22 com pneumonia e problemas no fígado e rins. O caso foi registrado na 5ª DP.

Cabral transfere pacientes graves do Iaserj sem autorização de famílias

29/04/2009

Por Olyntho Contente, da Redação do Sindsprev/RJ

Por ordem do secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes e do governador Cabral Filho, pacientes em estado grave, que estavam no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Iaserj do Centro, foram transferidos ontem à noite, sem autorização das famílias, para os hospitais Alberto Schweitzer, na Zona Oeste, e Alberto Torres, em São Gonçalo. Um deles, Francisco Orlando Alves, de 41 anos, morreu dentro da ambulância do Samu, ainda, no pátio do Iaserj.
As transferências estão sendo feitas, segundo informou o governo Cabral, para esvaziar o Iaserj a fim de convertê-lo em centro de atendimento a suspeitos de contaminação pela gripe suína. Toda esta pressa se deve ao fato do estado do Rio não contar mais com um hospital especializado em infectologia, como era o caso do São Sebastião, localizado no Caju, fechado pelo governo Cabral este ano. Também o Iaserj não tem as condições necessárias para atender às vítimas da gripo suína, já que vem passando por um processo de esvaziamento, com vários setores sendo fechados.

Irresponsabilidade

A presidente da Associação de Funcionários do Iaserj e diretora do Sindsprev/RJ, Mariléa Ormond, condenou as transferências. “O secretário e o governador agiram de forma irresponsável ao transferir pacientes internados no CTI, em estado grave, necessitando de cuidados especiais, de noite, para unidades distantes. E, pior, sem a autorização dos familiares. Estão fazendo como se fosse gado”, afirmou.
A dirigente advertiu para o fato do governo ter deixado o estado a descoberto para o caso de uma epidemia como a da gripe suína. “Fechar o São Sebastião foi um crime e uma irresponsabilidade para com a população do estado”, criticou.
A remoção dos pacientes do Iaserj teve início às 19h30 de ontem. O corpo de Francisco, que não agüentou a mudança, está no Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito. A família pretende acionar judicialmente o estado. Outras famílias pretendem fazer o mesmo, já que os pacientes foram colocados sob risco. Há ainda familiares impedindo que parentes internados sejam transferidos. Queixas serão feitas à Comissão de Direitos Humanos da Alerj.

Paciente morre ao ser transferido de um dos hospitais sentinelas

Felipe Sáles, JB Online

RIO - Por caminhos tortuosos, a gripe suína já fez sua primeira vítima. Durante a remoção de pacientes graves realizada às 23h de terça-feira no Instituto de Assistência dos Servidores do Estado (Iaserj), no Centro – que será transformado em hospital sentinela – o pedreiro Francisco Orlando, 41 anos, morreu ainda dentro da ambulância no pátio da unidade, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde e da Previdência do Estado (Sindsprev). Parentes reclamam que as transferências vêm sendo feitas sem autorização e em horários e condições impróprias aos pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Hoje, o estado conta com apenas dois leitos com isolamento no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec) da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), e não 10 como havia informado terça-feira o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes.

Diante da iminência de uma pandemia, o estado luta para criar centros de isolamento – já que o Instituto de Infectologia São Sebastião, próprio para situações como essa, foi acoplado ao Iaserj. Lá, existem 16 vagas no CTI – e não 20, como havia sido informado – metade no sétimo andar e outra metade no nono andar. Oito pacientes foram transferidos, mas dois deles permanecem em estado grave e, segundo médicos do hospital, não têm condições de serem retirados do local.

Mas a gravidade do estado de saúde de Francisco Orlando não impediu sua transferência, segundo o cunhado da vítima, José Fernandes. Por volta das 23h, ele recebeu a ligação de uma assistente social informando que Orlando estava sendo transferido para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste. Em seguida, a versão mudou: Orlando já estava morto.

– Ouvi uma discussão do outro lado da linha e então comunicaram a morte. Foi uma atitude negligente e vamos buscar Justiça – contou Fernandes, que registrou o caso na 5ª DP (Gomes Freire). – Foi tudo errado. Ele estava respirando com o auxílio de aparelhos, não nos avisaram nem pediram autorização para transferirem o paciente.

Presidente da Associação de Funcionários do Iaserj e diretora do Sindsprev, Mariléa Ormond vai testemunhar contra o estado.

– Começaram a fazer transferência às 22h, hora de descanso especialmente de pacientes graves, além de terem transferido para locais distantes e sem comunicar aos parentes – disse. – Estão tratando pessoas como gado. O paciente morreu no pátio do Iaserj e a ambulância deu a volta no quarteirão para dizer que o doente morreu no percurso.

“Em coma, todos descansam”

O superintendente de Unidades Próprias, Luiz Maurício Plotkowski, classificou a morte como “uma evolução natural da doença”, argumentando que o paciente teve duas paradas cardíacas no dia 24. Ele também defendeu o horário de transferência dos pacientes e disse que não abrirá sindicância para apurar o caso.

– Temos de fazer isso na velocidade necessária. Todos estão sendo comunicados antes ou durante as transferências – argumentou. – Não posso ficar esperando pelo melhor horário. Até porque, paciente em coma já está descansando durante 24 horas. O que aconteceu com o paciente na terça-feira foi fruto da evolução natural da doença, pois ele teve paradas cardíacas e insuficiência renal e hepática.

O JB esteve dentro da unidade e constatou a total desinformação e apreensão de pacientes e profissionais quanto à transferência de pacientes e à possível chegada de vítimas da gripe suína. A professora Marli de Souza, 35, que estava com a mãe internada na unidade, reclamou de falta de informações e só conseguiu transferência por intermédio de sua irmã, que é procuradora de Justiça.

– Queriam transferi-la para qualquer hospital, mas temos direito de saber e escolher o destino dos nosso parentes. Foi um absurdo – reclamou. – Só consegui vaga porque minha irmã conhece um cirurgião do Hospital Geral de Ipanema. Aqui não há hematologista nem dá para fazer exame de endoscopia.

Além do Schweitzer, os pacientes estão sendo levados para São Gonçalo, no Hospital Alberto Torres. As remoções continuarão acontecendo também nas enfermarias, onde existiriam 60 vagas. Segundo a FioCruz, o Ipec possui apenas dois leitos, e não 10 como divulgou Côrtes. O Instituto atende apenas casos requisitados pelo governo.




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