quarta-feira, 10 de junho de 2009

Fiéis fazem ‘cruzada’ em defesa do monsenhor

O DIA

Frequentadores de paróquia do Pechincha vão à polícia defender acusado de incitar agressão a padre de igreja dissidente

Rio - Fiéis da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima do Pechincha, em Jacarepaguá, começaram uma cruzada em defesa do monsenhor Jan Kaleta. Ele está sendo acusado de ter incitado um ‘ataque’ contra o padre Luiz Eduardo de Lima, no sábado. O caso foi registrado na 41ª DP (Tanque), para onde três paroquianas foram ontem dar sua versão para o incidente. Em um relato informal, as senhoras asseguraram que não houve violência física ou verbal contra ninguém.

Padre Luiz, que pertence à Igreja Vétero-Romana, garante que um grupo de oito fiéis arrancou seu crucifixo e o humilhou na capela do Retiro dos Artistas, sem que o monsenhor interviesse. Ele prestou queixa por lesão corporal.

“A história de que o padre está contando é um absurdo! Ele deve querer desmoralizar o monsenhor Jan Kaleta. Estava na capela nesse dia e posso garantir que não houve agressões nem insultos. Ele deve ter ficado nervoso porque tinha outra pessoa rezando a missa”, conta a aposentada Ivoneide Monteiro, 62 anos, que deu sua versão na 41ª DP, ontem.

A servidora Carmen Lúcia, 54 anos, também estava na missa. Segunda ela, o padre já chegou falando que ia chamar a polícia. “Ninguém o agrediu. Ele ficou no celular o tempo todo e falou que o monsenhor ia se ver com o delegado”, conta.

CAPELA SEM MISSAS

Padre Luiz obtivera, em março, autorização do Retiro para assumir as missas na capela. As celebrações na instituição foram suspensas em dezembro, quando, segundo a atriz Eloah Scovino, o monsenhor teria cobrado R$ 100 para rezar a missa campal. Padre Luiz também voltara com as aulas de catequismo na mini-igreja. Ele conta que se surpreendeu ao ver, sábado, Jan Kaleta celebrando a missa. “Disseram que eu era um falso padre. Não sou”, lembrou.

Em nota, a Arquidiocese do Rio afirmou ser falsa a afirmação de padre Luiz de que o monsenhor incitou a agressão, mas não comentou a cobrança de R$ 100 por missa no Natal. A entidade, porém, sublinha que os véteros não são reconhecidos pelo Vaticano. “Ao usar os mesmos rituais apostólicos romanos, eles confundem os católicos. Os sacramentos dessa igreja não têm nenhuma validade”, informa a Arquidiocese.

Nenhum comentário: