O GLOBO
RIO - A secretaria de Segurança Pública já está investigando grupos paramilitares que atuam em outras áreas da cidade além da Zona Oeste, onde há uma semana a polícia fez uma megaoperação que prendeu mais de 30 pessoas envolvidas com o grupo 'Liga da Justiça' . Em entrevista à Rádio CBN, o secretário José Mariano Beltrame afirmou, na manhã desta quarta-feira, que em breve a polícia deve realizar novas operações contra importantes células de milícias que atuam na cidade. ( Ouça trecho da entrevista de Beltrame sobre ação contra milícias )
- O combate ao grupo 'Liga da Justiça', na Zona Oeste, era emblemático para o estado, pois envolvia mais de um milhão de pessoas que eram reféns desse grupo. Foi uma ação pontual, mas nós vamos para outras áreas da cidade atacar outros grupos de milícias, e já estamos com o trabalho de inteligência para que se investigue e se faça a prisão dos responsáveis - afirmou o secretário.
Na operação desta quarta-feira, uma central clandestina de gás foi encontrada por policiais civis, em Campo Grande, na Zona Oeste. Quinze vans irregulares foram multadas e sete foram apreendidas na ação. Equipes da Polícia Civil, com auxilio de técnicos da empresa de TV por assinatura NET, continuam nas ruas para identificar sinais de TV a cabo clandestinos e encontrar assim centrais ilegais de distribuição de sinal.
Um policial militar indiciado no inquérito que apura a atuação da milícia em Campo Grande se entregou no batalhão de Bangu.
Três centrais descobertas na terçaBeltrame disse ainda que a segunda fase da operação contra as milícias, que começou na terça-feira, tem o objetivo de permitir que os serviços explorados pelas milícias na Zona Oeste do Rio sejam substituídos por instituições fiscalizadoras e prestadores de serviço. Na terça-feira, a polícia estourou três depósitos de gás e três centrais de TV a cabo clandestinos em Campo Grande na segunda fase da operação Têmis. Entre o material apreendido, havia uma arma inusitada: uma muleta transformada em espingarda. ( Ouça Beltrame falando sobre objetivos da operação contra finanças da milícia ).
- A antiga alegação que essas entidades fiscalizadoras era que não havia segurança nesses lugares, havia um abandono e alguém tomou conta. Agora, nós prendemos essas pessoas e estamos dando condições para que essas pessoas retomem os serviços. Isso não é uma função da polícia, é um trabalho administrativo, mas como estava na mão de bandidos, nós estamos dando a segurança para que esses serviços retomem seus lugares - afirmou o secretário, que lembrou ainda que a operação deve durar até 90 dias.
De acordo com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, 20 equipes farão rondas todo dia para reprimir depósitos de gás clandestinos, centrais de "gatonet" e vans piratas. Caso necessário, o número de patrulhas pode aumentar ou diminuir. Nesta quarta-feira, cerca de 90 policiais civis e militares estão dando continuidade a operação Têmis. De acordo com o delegado Otílio Bezerra, que coordena a operação, as equipes estão nas ruas para reprimir o transporte irregular e estão a procura de centrais clandestinas de TV por assinatura e depósitos irregulares de gás. A fiscalização foi montada no início da manhã, mas com a presença da polícia em Campo Grande, as vans e kombis irregulares não estão circulando no bairro. ( Veja fotos da operação Têmis 2 contra a milícia )
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