segunda-feira, 15 de junho de 2009

Advogado diz que mulher de engenheiro assassinado na Barra confessou o crime

O GLOBO

RIO - O advogado de Alessandra D' Ávila Nunes, de 35 anos, principal suspeita de matar a facadas o marido Renato Biasotto Mano Junior, de 52 anos, disse na delegacia que Alessandra confessou o crime. O engenheiro foi morto na madrugada de sábado no prédio onde morava com a esposa na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. No entanto, o advogado Mario de Oliveira informou que o crime foi cometido em legítima defesa. Ele esteve na 16ª delegacia (Barra da Tijuca) na noite desta segunda-feira e contou que, no dia do crime, o empresário estaria embriagado e agressivo, e teria tentado enforcá-la com uma gravata. Para se defender, ela teria pegado uma faca e desferiu o golpe para se defender.

De acordo com Mário Oliveira, Alessandra contou que o empresário também teria agredido o filho do casal, de 5 anos. O advogado contou ainda que, na fuga, Alessandra jogou a faca no corredor do prédio, e saiu com seu filho de carro. Ela teria ido até a 15ª DP (Gávea) para registrar a ocorrência, mas a delegacia, na ocasião, estava lotada, e ela preferiu ir para um lugar seguro, não revelando para onde fugiu.

O advogado tenta derrubar na Justiça o pedido de prisão temporária contra Alessandra, que ainda não se entregou.

Na tarde desta segunda-feira, o delegado Carlos Augusto Nogueira, titular da 16ª DP, disse não ter dúvidas de que o engenheiro foi assassinado pela mulher.

- Não tenho mais dúvidas sobre a autoria. Só se houver uma grande reviravolta que mostrem outros acontecimentos e novas provas. Mas, até agora, ela é a principal suspeita - disse Nogueira.

O delegado analisou as imagens do circuito interno do prédio na Barra da Tijuca onde o casal morava. De acordo com o delegado, as imagens mostram o carro de Alessandra saindo em alta velocidade da garagem. No local, ele também identificou manchas de sangue, que seriam da vítima, em direção ao carro dela, e, em seguida, até a portaria, onde o engenheiro morreu.

Outro detalhe que chamou a atenção do delegado foi o desaparecimento da arma do crime. Pouco antes, vizinhos teriam ouvido uma briga entre o casal. Alessandra fugiu do local levando o filho de 5 anos. Até o momento, a polícia ainda não tem pistas sobre o seu paradeiro. No sábado, a juíza Michelle de Gouvêa Pestana Sampaio decretou a prisão temporária , por cinco dias, de Alessandra.

O delegado também ouviu nesta segunda-feira o depoimento de um casal de amigos que esteve na casa de Biasotto pouco antes de sua morte.

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